A Anátema da Noite

A noite é que tudo fica mais assustador: O cigarro é o único companheiro confiável, o amor, outrora viável, adquiriu um tom ameaçador.

A força se esvai como que escorrendo, as angústias se instalam impiedosamente, a certeza, antes amiga, torna-se oponente infinda.

Cruel realidade, me persegues sobremaneira, poderias tu seguir outro rumo, desviando assim de minha cabeceira! Não, tu não desistes. Persistes em se instalar a confiança do dia inteiro, levas para não mais voltar.

Quem me dera não existisse o ocaso, para que meus temores pudessem perecer, minha aflição deixasse de haver, o meu amor fosse capaz de, enfim, morrer.

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